Antes dos meus 24 anos eu sabia apenas fazer cuscuz paulista de atum e a salada maionese de uma amiga. Eram duas receitas que eu fiz questão de aprender, pois amava.
Logo após de me casar, comecei a ter interesse pela cozinha, eu estava agora na minha casa e queria receber muito bem minha família e amigos. Eu mesma cuidava do cardápio de Natal, cheguei a fazer mais de 500 doces gourmet no aniversário de 1 ano da minha filha, e também amava variar o cardápio semanal do almoço e café da tarde, onde elaborava varias tortas e pães.
Porém com 29 anos me vi em um momento profissional mais intenso, sou formada em fisioterapia e não conseguia mais conciliar a rotina na cozinha com o restante do trabalho. Quando me vi presa na quarentena, com a rotina totalmente limitada à minha casa, voltei a cozinhar. Meu marido resgatou no porão o meu caderno e pasta com todas as receitas e isso acabou se tornando a minha terapia no momento.
Passei a compartilhar todas as receitas de forma despretensiosa, eu tinha apenas um Instagram aonde postava coisas corriqueiras e não esperava que as pessoas fossem se interessar. Tudo isso me trouxe vida em meio ao caos. Eu sempre fui muito comunicativa, sempre gostei de compartilhar produtos, indicar coisas que dão certo para mim e todos de casa, mas fazia isso apenas com amigos e familiares. E quando ouve o interesse de pessoas, não pensei duas vezes em continuar compartilhando tudo o que sei. A inteiração me move.